domingo, 19 de abril de 2009

O Trem do Futuro. Mais Leve, Mais Rápido

AGV, o trem do futuro. Mais leve, mais rápido
Pelo sabor genuíno o champanhe dispensa ocasiões festivas, embora a bebida esteja associada a comemorações. Não foi diferente no centro de testes do grupo Alstom, no balneário de La Rochelle, oeste da França. O espumante, criado por monges beneditinos franceses no século XVII, correu segundo a vontade dos convidados. Não era para menos. A empresa francesa apresentou a nova geração do trem-bala, o Automotor de Grande Velocidade (AGV). A partir de 2012, ele vai rodar pelos trilhos a 360 km/h --- 40 km/h mais rápido do que o atual Trem de Grande Velocidade (TGV), a jóia ferroviária francesa e orgulho nacional. Não é pouco. Em 2004, a Alstom arriscava terminar em bancarrota. A empresa foi salva pelo que passou ser conhecido como 'patriotismo econômico' do governo francês. Leia-se: recebeu dinheiro do contribuinte para tapar o prejuízo operacional e bloquear sua aquisição pela alemã Siemens.

O AGV irá encolher ainda mais o mapa da França e o da Europa, encurtando as distâncias. O novo trem super veloz coloca a Alstom na dianteira dos principais rivais, o consórcio japonês Shinkasen, o canadense Bombardier e o alemão Siemens. O grupo privado italiano Nuovo Transporto Viaggiatore já encomendou 25 AGVs por 1,5 bilhão de euros. Recentemente, a Alsthon assinou contratos para implantar trens de alta velocidade na Argentina e Marrocos. A companhia está de olho em projetos de ferrovias com bitolas para alta velocidade na Califórnia, Brasil (Rio - São Paulo), Rússia (São Petersburgo - Moscou) e na China (Pequim - Xangai).

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