Brasil está mais perto de alcançar a televisão do futuro através da internet do que pela TV digital
O cenário ideal para a televisão do futuro seria um telespectador livre para assistir à programação que quiser na hora em que decidir e em qualquer lugar. De preferência, também, no celular, sem uma grade fixa a seguir e com direito a interagir com outros usuários que tenham gostos em comum. E mais: como acontece no YouTube, o telespectador também pode ser produtor de conteúdo audiovisual.
Diante deste cenário, especialistas defendem: o Brasil está mais perto de alcançar este modelo de televisão do futuro pela chamada TV sobre internet (IPTV) e pelas ofertas de vídeos sob demanda (on demand) do que pela TV digital, já que o sinal de internet pode chegar na TV, no computador e até no celular.
"Os vídeos que o espectador encomenda hoje pelo pay-per-view da TV a cabo estão amarrados a uma grade fixa. E não dá para parar, nem voltar, nem retomar depois. Isso não é TV do futuro", afirma o co-fundador da consultoria de tecnologias Two Solitudes, Alan Sawyer.
Contam a favor da internet o aumento constante de acessos em banda larga no Brasil (já passa dos 6 milhões de usuários) e o fato de o país manter a liderança em tempo gasto por mês com a internet, à frente de 9 países, entre eles Estados Unidos e Japão. Já a TV digital, dizem especialistas, inicia as transmissões em dezembro apenas em São Paulo e somente para quem comprar novos televisores ou conversores de sinal. E mobilidade? Ainda são poucos e caros os protótipos de celulares capazes de captar sinais de TV digital.
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